segunda-feira, 23 de abril de 2012

Como escolher um sócio para começar um negócio


Busque alguém que complemente seus conhecimentos, mas também esteja disposto a se dedicar ao negócio

Priscila Zuini, do Portal Exame (www.exame.com)

17/04/2012 06:00

São Paulo – Apesar de ser possível abrir uma empresa sem sócios no Brasil hoje, a maioria dos empreendedores se une a alguém na hora de começar um negócio. Além de recomendável, esta é uma forma de dividir tarefas e responsabilidades. “É muito difícil começar um negócio sozinho, seja na busca por recursos, financiamentos ou know-how técnico”, diz Afonso Cozzi, coordenador do núcleo de empreendedorismo da Fundação Dom Cabral.

Muitas vezes, mais de um empreendedor já está envolvido no projeto e disposto a estabelecer sociedade. Mesmo assim, na hora de colocar tudo no papel, é importante pensar e decidir com calma como será essa relação. “Duas cabeças pensam melhor do que uma e podem dividir responsabilidades, direitos e tarefas”, afirma Paulo Melchor, consultor jurídico do Sebrae São Paulo.

1. Imagine um casamento

A sociedade para abrir uma empresa deve ser vista como um casamento. Dividir tarefas e estar pronto para se comunicar de forma clara é essencial. “Sócios ficam mais tempo um com o outro do que com a própria família. Ter sócio é como ter uma família”, compara Cozzi.

O primeiro passo é alinhar as expectativas e também os valores. “A empresa exige muito dos sócios. Quando abre, é uma relação de amor incrível, mas é certo que vão encontrar dificuldades no caminho”, diz Melchor. A base de valores precisa ser muito próxima. “É difícil dar certo se não acreditar nos mesmos valores”, ressalta Cozzi.

2. Pense bem no sócio-parente

Virar sócio de um parente é muito comum. É a família que geralmente primeiro aposta no negócio e dá força para a empresa dar certo. A questão é que, muitas vezes, a família também pode ser responsável pelo fim da empresa. “Ser parente não é defeito, mas pode ser um ponto negativo”, alerta Cozzi.

Segundo os especialistas, a relação entre sócios precisa ser independente da relação com os familiares, o que é bastante difícil no dia a dia da empresa. “Em sociedades familiares, é comum cometer erros. As relações familiares não podem ser levadas para a empresa e vice versa”, diz Melchor. Para ele, a relação entre os sócios é complexa. “Não deve ter valor sentimental. É lucro”, afirma.

3. Complementem-se

Não é só afinidade e capital que devem formar o grupo de sócios. Assim como em uma equipe, buscar características complementares é essencial. “Busque no outro alguém de confiança e que faça algo que você não faz para que haja complementariedade”, diz Melchor.

Depois de alinhar valores e expectativas, veja em quais áreas da empresa os sócios poderão se sair melhor. Não adianta ter muitos sócios que entendam da área técnica e nenhum que possa acompanhar a gestão. “Buscar pessoas com expectativas parecidas e informação e também formação semelhantes”, aconselha Cozzi.

Os sócios devem se apoiar em pontos fortes diferentes. “Não é buscar alguém que seja igualzinho”, diz o coordenador da Fundação Dom Cabral. Há, no entanto, uma característica em comum que todos os sócios devem ter: transparência. “Precisa de muita comunicação. Não pode ser uma coisa de jogo de esconde-esconde. Tem que ter muita transparência”, diz.

4. Faça bons contratos

Na hora da empolgação, muitos empresários se esquecem de como é essencial ter um contrato de sociedade bem feito e que proteja todas as partes. “É importante ter uma base bem construída, com contratos legal e social bem feitos e um acordo de acionistas”, ensina Cozzi.

Dividir como será a participação de cada um dos sócios é importante para evitar problemas em casos de vendas ou na hora de desfazer a sociedade. “No começo tudo são flores. O problema começa quando tem dinheiro de mais ou de menos. É importante estabelecer bem quem ganha o que. É normal ter funções e remunerações diferentes”, explica.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Planilha de gastos sozinha não adianta

A planilha de controle de gastos é fundamental e indispensável para o controle e para o planejamento financeiro pessoal. O registro de todos os gastos, independente de seu valor, divididos por categoria (alimentação, saúde, transporte, etc) é importantíssimo para percebermos para onde vão nossas receitas. Entretanto, apenas alimentar a planilha lançando todos os valores não é suficiente. É necessário interpretá-los.

Um conjunto de números divididos em categorias em uma planilha são apenas dados. Isto é, não dizem muita coisa. Para torná-los úteis ao controle e ao planejamento financeiro, é preciso transformá-los em informação. Há vários caminhos para transformar os dados da planilha em informação: um deles é elaborar gráficos "pizza", em percentual, para perceber qual categoria é mais representativa em nosso orçamento. Outra forma é comparar a quantidade de lançamentos em uma categoria com seu valor total, para fins de perceber se o corte desse gasto será eficiente ou não. Por exemplo, se determinado gasto tem vários lançamentos, mas seu valor final não é expressivo, o corte desse gasto provavelmente representará um grande sacrifício para uma pequena economia. Exemplo: um gasto diário de lanche, de R$ 2,00. Por outro lado, se um gasto tem apenas 2 ou 3 lançamentos, mas representa um montante considerável, pode ser que seu corte não represente um sacrifício tão grande, em contrapartida a uma boa economia. Exemplo: uma ida a cada 10 dias em um restaurante de luxo. É também interessante, talvez indispensável, usar a criatividade na análise dos dados da planilha. Dessa forma, vale pegar uma folha de rascunho e escrever informações à mão, fazer desenhos, infográficos, e qualquer outro rabisco que a imaginação exigir e que for nos ajudar a literalmente enxergar a nossa situação financeira no momento.

Por fim, importante reforçar que existem infinitas formas de trabalhar os dados da planilha para transformá-los em informações úteis ao controle financeiro. O importante é saber que essa é a parte realmente útil da planilha, isto é, o momento em que a planilha faz algum sentido. Se não for para interpretar os números, pode ser que sequer valha a pena investir tempo digitando todos esses números...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Bolsa hoje x último post

Em 03 de agosto de 2011, postei que a Bolsa estava derretendo (56 mil pontos). Para quem não se desesperou, e manteve a estratégia, hoje o Ibovespa já está em torno de 64 mil pontos.

O ideal teria sido continuar as compras mensais desde agosto de 2011, para fazer um bom preço médio, isto é, comprar ações também na baixa para recuperar parte das perdas das entradas anteriores à queda do 2º semestre do ano passado. Entretanto, o máximo que consegui fazer foi não retirar, o que já é bom...

Reforço a ideia de que os investimentos na Bolsa devem visar o longo prazo, com aplicações regulares, independente de tendências de baixa ou alta. Até mesmo porque, da última vez em que tentei ganhar dinheiro no curto prazo, chegando a fazer 5 ou 6 operações por dia, me dei muito mal, rsrsrs. E olhem que foi em 2010, o ano em que a Bolsa disparou, subindo horrores!