segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Investindo em imóveis na Flórida


Aluguel à brasileira conquista os EUAEmpreendimentos imobiliários lançados em Miami têm atraído a atenção dos brasileiros. Locação de um apartamento de dois quartos sai a partir de US$ 1,1 mil


Paola Carvalho - Estado de Minas
Publicação: 24/10/2011 06:29 Atualização:

Empreendimentos imobiliários lançados em Miami têm atraído a atenção dos brasileiros. Locação de um apartamento de dois quartos sai a partir de US$ 1,1 mil  (Doug Castanedo/Divulgação)
Empreendimentos imobiliários lançados em Miami têm atraído a atenção dos brasileiros. Locação de um apartamento de dois quartos sai a partir de US$ 1,1 mil

Brasileiros invertem os papéis e passam a alugar imóveis na Flórida para americanos que sofrem com a crise econômica e não têm mais condições de pagar pela casa própria. Comprar um apartamento em Miami não estava nos planos do empresário brasileiro do ramo de tecnologia da informação Marcelo Ribeiro. Uma viagem com família para o balneário de luxo em maio passado, contudo, o fez mudar de ideia. “Enxerguei uma oportunidade de investimento”, diz.


O que convenceu Ribeiro a comprar um apartamento de US$ 900 mil no edifício Trump Towers em Sunny Isles, vizinha de Miami Beach, foi o preço inferior ao do período pré-crise e a quase certa valorização do câmbio e também do imóvel no curto prazo. “O metro quadrado em um bairro nobre de São Paulo custa mais de R$ 10 mil, e em Miami não chega a R$ 6 mil, fazendo as conversões de valores e medidas”, disse Ribeiro. O aluguel do apartamento de três quartos – de frente para o mar, com manobrista e concierge – é de pelo menos US$ 3,5 mil.


Aluguel não era alternativa para os americanos porque conseguir financiamento era muito fácil. Com a crise desencadeada pela quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008, o crédito evaporou, dificultando a vida de quem ainda não tinha uma casa em seu nome. Alugar de brasileiro era menos cogitado ainda.


O economista Ricardo Ramos, que já investe em ações e outros produtos financeiros, comprou à vista um apartamento de US$ 310 mil e demorou menos de um mês para alugá-lo por US$ 1,8 mil a um americano. “Comprei no momento em que o dólar estava a R$ 1,57, os preços dos imóveis com redução de pelo menos 40% lá. Paguei o mesmo preço de um apartamento em Florianópolis (SC), de onde gosto muito. É uma tendência alugar para americanos porque o acesso a crédito está restrito para eles”, afirma.


Cássio Faccin, diretor-executivo da Faccin Investimentos, que assessora investidores brasileiros nos Estados Unidos há 10 anos, destaca que os preços dos imóveis sofreram redução de até 60% em razão de três fatores principais: falta de crédito dos bancos para financiamento; aumento da oferta de imóveis à venda, sobretudo de lançamentos; e alta quantidade de foreclosures, imóveis tomados por bancos. “Os preços dos imóveis caíram, o comprador estrangeiro tem acesso ao financiamento, a economia brasileira está num bom momento, é fácil alugar com retorno líquido acima de 0,7% ao mês, e o custo de viajar para Miami é cada vez mais baixo”, exemplificou.


“O americano não consegue financiamento, mas se qualifica para alugar, dando início a um mercado que antes não existia. Por outro lado, a classe média brasileira ganhou poder de compra para fazer um investimento desse”, afirmou Gabriela Haddad, presidente do Halmoral Group, que presta consultoria para compra de imóveis no exterior. Esse movimento começou no ano passado e vem ganhando força, diz Luciano Tedesco, corretor brasileiro de imóveis em Miami. “Tenho clientes brasileiros que estão comprando comigo pela internet, sem nunca ter visitado o imóvel e nem mesmo ter vindo à Flórida. Não tenho nenhum imóvel que tenha ficado mais de três meses vazio.”


BOA LOCALIZAÇÃO 
O preço, como em qualquer lugar no mundo, depende da localização e do que o imóvel oferece. De acordo com os corretores, um apartamento em bairro de classe média de dois quartos e dois banheiros em condomínio fechado, com piscina, academia de ginástica, quadra de tênis, custa de US$ 85 mil a US$ 120 mil. Pode ser alugado entre US$ 1,1 mil e US$ 1,3 mil. Já em uma localização de classe alta, o apartamento de dois quartos e dois banheiros está na faixa entre US$ 300 mil e US$ 600 mil, com aluguéis de US$ 2 mil a US$ 2,5 mil.


Outro corretor brasileiro, Folko Weltzien, acredita que, se seguir a atual tendência, o valor do imóvel pode dobrar em cinco anos, além de ter a renda mensal do aluguel. “No momento, os bancos acham arriscado emprestar, o que acaba fomentando o mercado de aluguel. Mas daqui alguns anos a demanda de compra vai estourar e, consequentemente, elevar os preços dos imóveis”, explica. Ele destacou ainda que os bancos vendem imóveis tomados com cerca de 30% de deságio em seus preços.
Os brasileiros não perdem tempo. O comprador estrangeiro representa 60% das vendas no estado de Miami, nos últimos 12 meses até setembro, segundo a associação dos corretores da Flórida. Desse total, os investidores do Brasil respondem por 75%. Apesar de ser interessante, como todo negócio a aquisição e a locação merecem atenção. Existem empresas imobiliárias internacionais e locais que fazem propagandas enganosas para atrair compradores.


enquanto isso...


…HÁ EXPANSÃO NACIONAL
O sistema financeiro brasileiro emprestou R$ 1,9 trilhão no acumulado deste ano até agosto, o equivalente a 47,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em 2008, o resultado para todo o ano foi de R$ 1,2 trilhão (40,8%), e em 2000, R$ 319 bilhões (27%). “Em nenhum outro país, o volume de recursos concedidos cresceu tanto e tão rapidamente”, afirma José Paschoal Rossetti, professor da Fundação Dom Cabral (FDC). As operações de crédito feitas por pessoas físicas são as de maior participação (31,8%), seguidas da indústria (20,7%). A inadimplência, ainda em 2011 até agosto, foi de R$ 65,7 bilhões, somente 3,48% do total tomado. Sendo que as previsões feitas pelos bancos representam 5,63% do montante. “O sistema financeiro está sempre em risco, mas em princípio o nível é baixo. O aumento da inadimplência, porém, não é sinal confortável”, diz Rossetti.


ORIENTAÇÕES E ALERTAS


O que é preciso saber para comprar um imóvel na Flórida


>> Incentivos governamentais: há planos de financiamento exclusivos para estrangeiros.
>> Região: cidades próximas a Miami, mais a oeste, e de preferência em Broward County, onde os imóveis e taxas são mais baixos.
>> Custos: ao contrário do Brasil, é o dono do imóvel quem paga o condomínio e impostos, como o IPTU, reduzindo o lucro com o aluguel.
>> Financiamento: não é regra, mas geralmente autorizado para compras superiores a US$ 150 mil e com entrada de 40% do valor total.
>> Bancos: há agências bancárias interligadas com o sistema financeiro brasileiro, como o HSBC, por exemplo.
>> Compra à vista: é mais rápida e menos burocrática, mas não necessariamente mais interessante que um financiamento com juros de 5% ao ano.
>> Venda regular: o preço que o dono do imóvel pede, e que você vai financiar, não precisa de aprovação do banco ou da financiadora.
>> Extras: procure imóvel com preço em torno de 7% a menos do que você está disposto a gastar, pois existem taxas a serem pagas.
>> Sem barganha: não importa se você vai pagar à vista ou financiado, pois no ato da compra o vendedor receberá o total em dinheiro, seja de você ou do banco que irá te financiar. A vantagem de quitar o imóvel à vista está em arcar com menos taxas.
>> Idoneidade: é grande o número de corretores brasileiros e propagandas para venda de imóveis a estrangeiros. Peça indicações e confira as credenciais do profissional.
Fontes: Imobiliárias

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tesouro Direto mais uma vez!

Pessoal,

2 meses depois, segue uma notícia interessante sobre Tesouro Direto. Continuo reforçando que acho esta opção a melhor de todas de renda fixa, disparado.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/991752-tesouro-direto-vai-reduzir-aplicacao-minima-para-r-30-em-2012.shtml

Abraços!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bolsa: ficar ou sair?

Confesso que comecei a ficar com medo! As notícias estão bem pessimistas, principalmente no tocante ao EUA...

No entanto, acho que não é hora de abandonar a visão do longo prazo. Hoje de manhã na Folha saiu esse artigo:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/956001-ficar-ou-sair-da-bolsa-analistas-recomendam-sangue-frio-na-crise.shtml

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Continua derretendo...

Poucos dias depois do último post, e a Bolsa atinge 56 mil pontos, ficando abaixo da mínima de 2010...

Bom, continuo com a estratégia, até mais animado. Aplicações regulares e constantes!

Não estou esperando uma queda muito maior ainda, mas isso é no chutômetro. Deve ter uns 6 meses que não abro um gráfico para analisar. Se bem que isso pode ser até bom, porque quando fazia só levava ferro....

Abraços!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Oportunidade: bolsa derretendo

A Bolsa vem sofrendo quedas consecutivas, e está agora na casa dos 58 mil pontos.

Acredito que é uma boa oportunidade para efetuar compras regulares mensais, por exemplo. Pode ser que caia mais, por isso é interessante fracionar e distribuir os investimentos ao longo dos meses.

Eu estou fazendo pequenos investimentos mensais desde que a Bolsa estava em 67, 68 mil... Ou seja, estou no prejuízo, mas não vou parar, no início do mês que vem vou fazer outra comprinha. Os valores serão simbólicos, pois os gastos com a casa nova estão apertando o orçamento.

O importante é aproveitar o momento para entrar, e não entrar naquela euforia de topos históricos sendo batidos a cada semana. A idéia máxima é tentar entrar na baixa e sair na alta, certo?

Famoso ditado de Wall Street

Um post a la twitter...

"If you want to make a small fortune in the stock market, start with a large one".

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Antes de começar um negócio próprio

Texto interessante para quem tem vontade de começar seu próprio negócio:

Antes de começar
(http://www.endeavor.org.br/endeavor_mag/start-up/aprendendo-a-ser-empreendedor/antes-de-comecar)

A idéia não sai da cabeça. Você vai montar um negócio. Um conceito líquido e certo que vai funcionar. É só colocar em prática. E agora?

Todos sabemos que não há receita infalível para o sucesso. Projetos feitos para dar errado revolucionaram o seu tempo. Empresas nascidas para durar quebraram em menos de um ano. Não se deixe influenciar demais pela opinião dos outros. Cada um sabe e segue o seu caminho e ninguém é senhor dos destinos alheios. Você pode, contudo, se beneficiar da experiência alheia. Aprender com erros e acertos de quem já andou por aí. Pense grande! Leia e converse para aprender bastante com os grandes.
É mais fácil reconhecer uma boa oportunidade lendo Scott Shane. Não dá para definir o mercado sem entender o tal “job to be done” de Clayton Christensen. Modelo de negócios é algo difuso até se ler Alexander Osterwalder. Não comece antes de ler “The Art of the Start” de Guy Kawasaki. Steve Blank vai fundir sua cabeça quando mostrar que não é para desenvolver produto, mas sim o cliente. É bem mais fácil criar uma “startup enxuta” seguindo Eric Ries. E tem muito mais gente para ajudar.
Antes de começar, conheça a si mesmo. De que indústria você gosta? Em que função seu desempenho é melhor? Qual é seu DNA? Seja honesto com você e com os outros. Trabalhe naquilo que conhece e gosta e com pessoas que o complementam e alavancam profissionalmente. Faça as contas. Anteveja o que terá de acontecer para que você obtenha o rendimento que busca. Não acredite em contos de fadas. Assuma que o mundo é mau e as pessoas ruins.
Criar e conduzir um negócio é um esporte radical. Não é para quem quer, mas para quem está preparado física, emocional e psicologicamente. Prepare-se para 5 anos muito difíceis. Se tudo der certo, ainda assim, serão 5 anos muito difíceis. E não é um esporte individual, mas familiar. Sua família vai estar na aventura com você, quer você e eles saibam disto ou não. Você está disposto a pagar o preço?
Marcelo Salim é sócio de empresas em diferentes segmentos do mercado e coordenador do CEI - Centro de Empreendedorismo Ibmec.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A importância das planilhas de gastos

Pessoal,

Antes eu achava que a importância de se anotar todos os gastos diários, dividos em categorias, era somente para saber o quanto e com o quê se gasta. Isso permite o planejamento financeiro, sabendo onde se deve cortar gastos quando necessário.

Entretanto, esses dias percebi mais uma outra função importante das planilhas: lembrar o valor pago em cada oportunidade. Esta semana, precisei de trocar um produto no Leroy (o chuveiro elétrico do post anterior, que estava quebrado - comprei depois o mais barato na internet), mas tinha jogado fora o cupom fiscal (muito feio, não façam isso). Para resgaratem meu cupom, eu precisaria informar o valor exato da minha compra. Acontece que, como tinha lançado na planilha, pude informar o valor exato, e consegui realizar a troca!

O outro foi um crédito de Dotz que esqueci de fazer no dia, e também não tinha nota (era uma choperia). Com o valor da conta, eles se dispuseram a creditar os pontos em atraso, na minha próxima ida ao local.... Desculpa para tomar outro chopp!

Por último, é bem legal ao final do mês ou do ano formular um gráfico pizza, e ver onde seu dinheiro está sendo consumido!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Em tempo...

Fiquei tão sumido assim também devido ao processo de mudança e montagem da casa nova!

Várias dicas surgiram desta experiência, e pretendo compartilhá-las aqui com vocês.

A primeira vai lá:

Tudo, ou quase tudo, é mais barato na internet. Eu achava que era isso mesmo, mas tive certeza depois que achei um CHUVEIRO elétrico por R$ 44, 00 na Americanas que estava por R$ 82,00 no Leroy. 

Se até chuveiro dá pra comprar na internet, e ainda por cima bem mais barato, antes de comprar algo,  dê uma pesquisada no bondfaro ou no buscapé!

A volta...

Depois de 2 meses sem postar nada, meu blog poderia (ou até deveria) ser tirado do ar!!!

Fico até com vergonha de continuar postando, mas agora vou adotar um novo objetivo: postar regularmente, nem que seja qualquer coisinha...

Para celebar a volta, volto a falar deles: os títulos do tesouro direto, melhor opção de investimentos em renda fixa na minha opinião.

Segue link da Bovespa, que constata que os investidores em títulos cresceram 30%, e que 60% destes são investimentos abaixo de 5 mil reais.

http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/noticias/2011/Numero-de-pessoas-cadastradas-no-Tesouro-Direto-cresce-quase-30-em-12-meses-2011-07-26.aspx?tipoNoticia=1&idioma=pt-br

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Artigo Estado de Minas

Esses dias me lembrei de um artigo do início do ano passado que enviei para o Estado de Minas, e me esqueci dele.

Não sei se já tinha postado aqui no blog o link, de toda forma, aqui vai:

http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/na-real/2010/03/11/internas_nareal,151129/como-voce-sabe-se-esta-investindo-ou-apostando-na-mercado-de-acoes.shtml

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Consórcios: uma boa ou não?

Imagine que você e mais 19 conhecidos desejam ter o mesmo bem: um veículo de 40 mil reais. No entanto, ninguém tem essa quantia a vista, e por variados motivos, não desejam contratar financiamento. Então alguém surge com a seguinte idéia: todos vão pagar 20 parcelas mensais de 2 mil reais, pois, assim, a cada mês vocês terão dinheiro suficiente para comprar um carro, que será sorteado entre os participantes. No final dos 20 meses, todos terão seus carros, sem ter recorrido ao financiamento e sucumbido às taxas de juros praticadas pelo mercado.


Essa é basicamente a idéia dos consórcios. É claro que, consórcio comercial, não se compra um veículo específico, mas sim uma carta de crédito, no valor de X mil reais, que poderá ser utilizada para comprar um carro neste exato valor ou ser dada de entrada para um carro mais caro. Exatamente o mesmo com imóveis: a compra de uma carta de R$ 80 mil não significa que você precisa comprar um imóvel de R$ 80 mil, posto que esta carta pode ser, por exemplo, utilizada de entrada em um imóvel de R$ 400 mil.

Inicialmente, se não houver urgência de adquirir o bem, o consórcio se mostra uma ótima opção. Entretanto, do ponto de vista do planejamento financeiro, o tema divide opiniões e não se mostra tão simples assim...

Nesse sentido, pretendo traçar algumas considerações sobre o consórcio, tentando chegar à conclusão de quando será realmente interessante, e quais cuidados devem ser tomados no momento da escolha. Considerarei somente a hipótese de sorteio, e não a hipótese de ofertar lances (nos consórcios, geralmente são entregues duas cartas de crédito: uma ao sorteado e outra a quem oferecer a maior quantia à vista pela carta).

O primeiro ponto, de natureza elementar, é a de que o consórcio no mercado não funciona como o consórcio dos amigos citado no início deste texto. Ao contratar-se um consórcio, não se pagam juros, mas paga-se uma taxa de administração à consorciada, além de um seguro de vida que quitará suas parcelas caso algum infortúnio lhe aconteça.

Exemplo real (simulação do site da Minasmáquinas):

Uma carta no valor R$ 120.000, para aquisição de imóveis, implicaria em 144 parcelas mensais de 1025,54. Ao final dos 144 meses, o valor total pago pela carta de 120 mil será de R$ 147.677,76 .

A diferença entre o valor da carta e o valor pago é a taxa de administração somada ao seguro de vida. No entanto, assim como sabemos que fadas e duendes não existem, sabemos que essa taxa e esse seguro funcionam de forma análoga aos juros do financiamento.

No financiamento, você paga o juros justamente pela comodidade de ter o bem naquele exato momento. Ou seja, o juros são devidos pela antecipação de um dinheiro que você não tem. No consórcio, você não tem nenhuma garantia de que terá o bem naquele exato momento. Há, inclusive, chances de você somente adquirir o bem na última parcela de pagamento. Por isso, a taxa de administração do consórcio deve ser muito inferior aos juros, para que compense o risco da demora no recebimento do bem.

Veja: se no financiamento você paga os juros pela certeza de ter o bem na hora, e essa certeza não existe no consórcio, não faz sentido você pagar um valor próximo ao dos juros.

Importante então pensar o seguinte: se você der sorte,e for sorteado no início do consórcio, será um excelente negócio! Você teria assumido uma “taxa de juros” baixa, pelo risco de demorar a receber o bem, porém o recebeu rapidamente.

Por outro lado, se você for um dos últimos a ser sorteado, terá sido um péssimo negócio! Você teria pagado uma “taxa de juros” à toa, pois, já que não receberia o bem antecipadamente mesmo, poderia simplesmente ter juntado as parcelas e pagado à vista. Ou ainda: poderia ter investido as parcelas, e além do rendimento obtido rendimento, negociar um desconto pelo pagamento à vista.

Tudo parece, então, ser uma questão do momento em que se é sorteado. Ao compararmos um exemplo real de financiamento com um exemplo de consórcio, será que é possível achar o ponto exato no tempo, no qual o consórcio passaria a ser um mau negócio?

Vou pesquisar e tentar pensar algo nesse sentido. Se alguém tiver alguma sugestão ou dica, gentileza contribuir! Voltarei depois com mais considerações sobre o consórcio.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Foco nas classes C e D

Li uma notícia hoje que alguns fabricantes estão produzindo móveis parecidos com os da classe A, mas direcionados às classes C e D. Para isso, otimizaram a produção e utilizaram matéria prima mais barata com o intuito de deixar o preço bem mais barato.

A idéia não tem se aplicado somente aos móveis. Diversos empresários e investidores têm fornecido produtos e serviços que "copiam" os das classes mais altas, mas que visam exclusivamente as classes C e D. Isto porque essas classes tem sido, certamente, as que mais consomem no país. Além disso, nada mais lhes atrai do que a possibilidade de adquirir produtos similares aos top de linha.

Por isso, acredito que esse ramo tem apresentado uma boa opção de empreendorismo, com boas chances de obtenção de lucro expressivo, muitas vezes até superior do que o obtido por empresas cujo foco é as sofisticadas e já saturadas classes A e B.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Aumento absurdo no IOF sobre compras no exterior com cartão de crédito

Depois de mais um longo período sem posts, retorno com uma má notícia (literalmente) para os que viajam e pretendem viajar para o exterior.

Nesta segunda-feira foi publicado um decreto do Poder Executivo aumento o Imposto sobre Operações Financeiras sobre compras no exterior com cartão de crédito de 2,38% para 6,38%.

O aumento, de 170%, certamente elevará bastante o valor das mercadorias compradas fora com cartão de crédito.

Por isso, será importante evitar fazer compras no cartão de crédito no exterior. Além da vulnerabilidade à variação da taxa de câmbio do dia da compra até o dia do vencimento do cartão, o IOF representará um pesado ônus extra.

Por essas e outras, o VTM (Visa Travel Money) continua sendo a melhor opção para compras no exterior, na minha opinião. Em breve, um post sobre as vantagens do VTM em relação ao cartão de crédito e ao dinheiro em espécie. Promessa que irei cumprir!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

IPCA - Qual é sua repercussão prática?

Li uma notícia no Valor Econômico Online, relatando que o IPCA marcou 0,83% em janeiro deste ano.  Foi o valor mais alto desde abril de 2005, quando o IPCA registrou 0,87%. Em janeiro do ano passado, o índice marcava 0,75%.

Mas o que isso quer dizer, e que reflexos pode trazer ao nosso cotidiano?

O IPCA é um índice do IBGE, que mede, basicamente, a inflação sob a ótica do consumidor. Mede, portanto, a variação nos preços de alimentos e bebidas, transportes e comunicação, despesas pessoais, vestuário, habitação, saúde e cuidados pessoais e artigos de residência.

É importante observar o IPCA em sua representação acumulada no ano, tendo em vista que varia muito ao longo dos meses. Por exemplo, em janeiro foi 0,83%. Em fevereiro, pode ser 0,45%. Já em junho, pode ser 0,00%. Inclusive, em junho do ano passado o IPCA foi 0,00%.

Em 2010, o índice anual foi de 5,9%. 
2009, 4,31%.
2005, 5,69%.
2004, 7,6%.

O interessante é que o IPCA é uma referência do poder de compra do dinheiro. Nesse sentido, qualquer aplicação que renda, anualmente, menos que o IPCA daquele mesmo ano, não gerou ganho de capital. Ao contrário, tem-se perda de capital, tendo em vista que a aplicação não foi capaz sequer de se igualar à inflação, gerando perda do poder de compra do capital aplicado.

Surge aqui o conceito de "rendimento real", que pode ser obtido subtraíndo-se a taxa de "rendimento nominal" do IPCA. O rendimento real representa efetivamente o quanto de ganho houve na aplicação.
Exemplos:
Normalmente, a poupança costuma refletir o IPCA. Logo, o rendimento real será zero. A poupança apenas garante o poder de compra do dinheiro nela investido. Não se perde, nem se ganha.
Fundo de renda fixa com remuneração de 9% a.a.: proporcionará rendimento real em 2010 de 9% - 5,9% = 3,1%.

Importante destacar que o IPCA deste ano é esperado em um percentual um pouco mais alto do que os últimos. Isto é, a inflação estará um pouquinho (pelo menos, assim esperamos) maior que a dos últimos anos.

Quais são as sugestões?

É preciso ficar atento às opções de investimento, a fim de identificar seu rendimento real. Para isso, vale considerar no momento das aplicações neste ano a provável leve alta do IPCA, visando avaliar se o investimento realmente vale a pena.

Outro caminho é escolher opções de investimento que sejam corrigidas pelo IPCA. Desta forma, o poder de compra estará garantido. Nesse sentido, dentro das opções dos bons e velhos títulos do tesouro nacional, temos o NTB-Principal, que oferece o rendimento do IPCA somado a uma taxa pactuada pré-fixada (algo em torno de 6,3%). Como o título é corrigido pelo IPCA, toda a taxa contratada representa rendimento real.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Como investir 15 mil

Dia desses, um grande amigo meu me pediu dicas sobre como investir uma grana que tinha ganhado, que totalizava 15 mil.

Respondi a ele o seguinte:

Dos 15 mil, sugiro que você invista 10 mil em renda fixa e 5 mil em renda variável, da seguinte forma.


O melhor investimento de renda fixa que vejo hoje em dia são os títulos do tesouro direto (se quiser, pode ver os artigos no blog). Para investir nos títulos, você deve primeiro ir até seu banco, informar que quer comprar títulos e solicitar seu código do investidor. A partir deste momento você poderá investir de casa, pelo próprio Home-Banking do seu banco.

Divida o valor em dois tipos de títulos:

LTNs, que são prefixados, e você poderá comprar já sabendo a taxa de rendimento, hoje em torno de 12,8% a.a.; e

NTBs Principal, que possuem uma parte prefixada (atualmente perto de 6,3%) e outra corrigida pelo IPCA - desta forma, você garante um rendimento real, acima da inflação. Além disso, acredita-se que a inflação deve aumentar um pouco. Então, se o IPCA anual ficar em torno de 7%, seu rendimento terá sido de 13,3% a.a. Não se esqueça de verificar se está escrito Principal após o NTB, porque se não estiver, você receberá pagamentos semestrais que matarão seu rendimento.

Quanto à parte da renda variável, a melhor opção é atuar diretamente nas ações. Mas como vocão gosta e não quer perder o mínimo tempo abrindo com corretora, acompanhando, fazendo operações de vez em quando, sugiro que você recorra aos fundos. Até mesmo porque esta quantia não é tão grande para justificar a compra direta de ações.

Sugiro, portanto, que divida essa quantia em três fundos: Petrobras (ou Vale), PIBB e Infraestrutura (ou Construção Civil). As duas primeiras são as bluechips de maior peso, uma opção tradicional. O PIBB acompanhará mais ou menos o Ibovespa, ou seja, refletirá a Bolsa em geral. Os dois últimos acredito que, a longo prazo, serão interessantes, tendo em vista a Copa do Mundo.

Contudo, esse ano não deve ser dos melhores para a Bolsa. Isto é, deve se manter estável ou ir caindo aos poucos. Isso significa que é uma boa oportunidade de entrada. Então sugiro que não coloque os 5 mil de uma vez só. Deixe-os na poupança, ou na sua conta corrente, e programe os investimentos. No home-banking, você pode configurar para que, todo dia 5, por exemplo, o banco invista X reais em determinado fundo.

Programe então 9 investimentos mensais, de R$ 200 em cada um dos três fundos, de forma que todo mês você destine R$ 600 reais.

Isto fará que você vá comprando aos poucos, construindo um preço médio. Se você colocar tudo hoje, e a Bolsa começar a cair, você perderá muito. Mas se investir aos poucos, estará inclusive comprando na baixa, melhorando seu rendimento.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

IPVA dividido e juros embutidos

Outro dia vi na traseira de um ônibus um anúncio da Prefeitura de Belo Horizonte: "Pague seu IPVA a vista, com 7% de desconto, ou pague parcelado em 3X sem juros."

Bom, muita gente prefere pagar parcelado, tendo em vista que o desconto de 7% não é tão atrativo assim.

Na verdade, vale fazer uma simples conta na HP 12C para saber se o pagamento é realmente de 3x sem juros:

Suponha um IPVA de 1.000, de 1.500, de 700, ou de 100, tanto faz, pois trabalharemos com percentuais.

Valor a vista: 1.000 - 7% = 930 (Na HP 12C, PV)

Valor total parcelado: 1.000 (FV)

Número de parcelas: 3 (n)

Agora basta pedir que a HP retorne "i", a taxa de juros. E teremos:

Taxa de juros = 2,4485% a.m.!!!

Conforme se percebe, a taxa de juros omitida no pagamento do IPVA divido é bem altinha... Por isso, reforço a dica do artigo publicado no mês passado neste blog, sobre as diversas contas do início do ano.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Títulos de (DES)capitalização

Pessoal,

Novamente meu irmão me mandou um link interessante por email. Trata-se de títulos de capitallização, aquela "poupança forçada" em que se concorre a prêmios todo mês.

Sinceramente, eu sabia que era uma opção muito ruim de investimento. Só não sabia que era TÃO terrível assim, como li no artigo retirado de http://dinheirama.com/blog/2009/02/17/a-verdadeira-face-dos-titulos-de-capitalizacao/ ,que reproduzo abaixo.


A verdadeira face dos títulos de capitalização

Ainda é alto o número de clientes e pessoas que buscam e "investem" seu dinheiro em títulos de capitalização. Até aqui, nenhuma novidade. Pois bem, ontem tive a oportunidade de participar de uma entrevista ao vivo sobre o tema no programa "Compras e mais" da Rádio BandNews FM, apresentado pela jornalista Aiana às 15h. Ela lançou algumas perguntas bastante interessantes que merecem nossa atenção. Prometo um pouco mais de esforço de minha parte para mostrar, de uma vez por todas, que título de capitalização não pode ser considerado um investimento.


Começamos o papo debatendo a ação dos bancos e instituições financeiras, que apelam para um argumento bastante discutível e superficial: algo como "opte por um título de capitalização, você poupará dinheiro para projetos futuros e ainda concorrerá a diversos prêmios" é o que se pode deduzir de suas campanhas. A realidade é outra: eles estão oferecendo um produto com rentabilidade mínima para o cliente, mas muito interessante para sua própria operação.

Explicar os pormenores de tudo isso é a proposta do artigo de hoje. Por que, afinal, o título de capitalização é tão ruim para nós e excelente para os bancos? Espero que ao ler este texto você só entre em um produto deste tipo se acreditar que poderá ser o sorteado, sabendo que a chance é mínima e que, se isso não ocorrer, seu dinheiro terá rendimento pífio ao longo de alguns meses/anos. Como já disse, titulo de capitalização é furada!

Aprendendo com um exemplo

Para facilitar o entendimento das afirmações aqui realizadas, proponho o debate a partir de um exemplo real de título de capitalização. Escolhi para este fim o produto Ourocap Multi Sorte 36 meses, oferecido pelo Banco do Brasil. Você vai entender como o produto funciona e a lógica que o torna tão lucrativo para os bancos - e péssimo para o seu bolso.

O primeiro problema surge na contratação do pacote. Na maioria dos casos, o cliente é induzido pelo gerente a "investir" no produto, sem que detalhes do contrato sejam devidamente explicados. Trata-se de um produto que compõe a cesta de metas de todo gerente, o que faz dele alvo de fortes campanhas e ações por parte da equipe bancária. A verdade é que ou você já entrou nessa por insistência ou já esteve prestes a fazê-lo.

Que detalhes são esses?

Todo produto financeiro registrado junto às autoridades deve ter um prospecto que detalhe seu funcionamento. Com a Internet, ficou fácil acessá-los e sua leitura é muito importante para que a decisão final seja tomada com plena convicção. O prospecto do Multi Sorte 36 meses (PDF) traz algumas informações relevantes, que merecem destaque:

"Capital - é o montante constituído por percentuais, apresentados na tabela a seguir, aplicáveis sobre os pagamentos efetuados, e que será mensalmente capitalizado pela taxa de 0,5% a.m., e atualizado pela taxa de remuneração básica aplicada à caderneta de poupança, gerando o valor de resgate do título."

Este é basicamente o discurso apresentado nos caixas e nas propagandas do título de capitalização. Seu dinheiro será capitalizado e atualizado pela taxa básica de poupança. Você, é claro, imagina que assim está tranquilo e que a "poupança forçada" faz todo o sentido - especialmente porque há uma possibilidade de ganhar uma bolada. Ledo engano. Veja a tabela a que o texto se refere:


Atenção, porque aqui mora a "grande jogada" do produto. Uma legenda simples nos auxiliará pelas explicações:

A coluna "Pagamento" refere-se ao mês do depósito que você fará para manter o produto;

A "Cota de Sorteio %" representa quanto do dinheiro que você deposita mensalmente será destinado ao montante que será sorteado para os clientes;

A "Cota de Carregamento %" refere-se ao percentual do total depositado que ficará para o banco, como sendo para administração do produto, encargos, operação e, claro, lucro, muito lucro;

A "Cota de Capitalização %" é quanto do seu dinheiro será efetivamente controlado pelo banco dentro do objetivo passado pelo gerente. Ou seja, quanto do depósito mensal será capitalizado, corrigido e devolvido no vencimento do contrato.

Você, leitor inteligente que é, já percebeu o detalhe, certo? Observando a tabela, vê-se facilmente que, no primeiro mês, quase todo o depósito realizado (87,7%) ficará para o banco, enquanto apenas 10% será colocado na reserva a ser corrigida e devolvida. A partir do segundo mês, 4,1% será dado ao banco e 93,5% do depósito será usado para a capitalização. Os 2,2% restantes são para os prêmios. Então vejamos: o banco fica com quase 90% do capital depositado no primeiro mês, além de 4,1% nos 35 meses seguintes e capitaliza parte de seu dinheiro com 0,5% ao mês e TR da data de aniversário.

Para se ter uma idéia, a TR diária média de fevereiro está próxima de 0,05. Em outras palavras, parte de seu dinheiro (lembre-se que não é todo o depósito que é capitalizado) renderá juros de poupança (pouco mais de 0,55% ao mês), enquanto você dá 4,1% para a instituição. Ora, na prática isso significa pagar 4,1% a.m. daquilo que você depositou e receber apenas 0,55% (em média) a.m. "de volta" por ter optado pelo produto. Viu só? Trata-se de um belo negócio para o banco.

Portanto, saiba que se aplicar diretamente na caderneta de poupança o mesmo valor destinado às parcelas do título de capitalização, seu saldo ao final dos 36 meses (nosso exemplo) será muito maior. Eu disse, a intenção aqui é causar polêmica, mas a favor do seu bolso. Crie a disciplina necessária para tomar conta do seu dinheiro e use as opções de investimento (agora sim) de forma inteligente, e não preguiçosa. Esse negócio de "poupança forçada" não cola!

Tem mais: a carência

É preciso entender o que significa carência para este produto: o percentual disponível correspondente para resgate só estará disponível a partir do 12o. mês (Multi Sorte 36). Quanto você poderá resgatar está detalhado na tabela "RESGATE", disponível no prospecto. É importante saber também que você só receberá todo o montante de volta se esperar até o final do prazo contratado - a tabela é clara neste sentido.

Mas e a chance de ganhar uma "bolada"?

É mínima, e você sabe disso. No entanto, o argumento dos participantes e dos bancos é sempre o mesmo: sempre um vai ser sorteado. Pois é, como acontece na loteria. A diferença é que jogando na loteria você usa um valor modesto, que não compromete sua rentabilidade possível nos meses e anos subsequentes; você não mexe com um dinheiro que pode e deve estar rendendo muito mais em produtos selecionados com dedicação, estudo e inteligência.

Então estamos combinados que títulos de capitalização são para os que gostam de apostar e jogar - e não investir, poupar e formar patrimônio. Certo? Se você já ganhou uma bolada com um TC, considere-se um sortudo. Assim como um familiar que já ganhou na loteria. Acontece. Mas, cuidado, pois com o futuro não se aposta - se acreditar que os títulos de capitalização são uma opção neste sentido você vai arruinar suas finanças.

Este artigo trouxe um exemplo. Os bancos oferecem inúmeros títulos de capitalização, cujos percentuais de carregamento, capitalização e carências variam bastante. Fique atento e valorize sua capacidade de poupar e planejar o futuro - não transfira essa responsabilidade para os gerentes e/ou parentes. Você está no comando! Ou não está?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Viver ou juntar dinheiro?

Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico.

Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais.

Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante.

Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas.

Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário.

Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei.

Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em ítens supérfulos e descartáveis.

Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária.

É claro que não tenho este dinheiro.

Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?

Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em ítens supérfulos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.

Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre.

Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer.

E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz.

Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"

Viver ou Juntar dinheiro - Max Gehringer - 18/10/2010




Há algum tempo atrás, recebi esse email da minha sogra Tetê. Foi realmente um texto que me chamou a atenção.

Max Gehringer tem razão ao colocar que não devemos abrir mão dos pequenos prazeres e comodidades do cotidiano apenas para juntar dinheiro, principalmente quando jovens.

Um dos motivos é que, normalmente, na juventude a renda tende a crescer de maneira acelerada, para depois se estabilizar. Isto equivale a dizer que o esforço feito para economizar em determinado momento pode corresponder a um esforço nulo em um futuro próximo.

Exemplificadamente, em 2006, ganhava 300 reais em um estágio. Se guardasse 50% do que ganhava, teria que viver com apenas 150 reais, e pouparia 150 todo mês. Em 2007, 01 ano depois, teria R$ 1.800, assim como teria deixado de fazer um bucado de coisas divertidas. Em 2008, esses mesmos 150 reais representariam apenas 10% do meu salário, e poderia juntar os R$ 1.800 em muito menos tempo e com muito menos esforço.

É claro que temos que ter a mentalidade de poupar, e não podemos deixar de guardar um pouco de dinheiro. Entretanto, em determinados momentos da vida, a consciência da poupança é muito mais valiosa do que sua própria construção.

Por isso, não é certo economizar no cafézinho, na cervejinha, nas viagens.... É preciso saber poupar sem prejudicar a qualidade de vida, pois, afinal, como Gehringer colocou muito bem, desejamos a riqueza justamente para poder viver bem.

Enfim: saber poupar sem cortar os prazeres rotineiros diferencia o planejado do mão-de-vaca.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Planejamento e bebê

Aproveitando o embalo...

Em  breve meu irmão mandará comentários sobre planejamento financeiro e o primeiro filho. Dicas de enxoval e tudo mais! (Mas ele ainda não sabe que mandará...)

Enquanto isso, quem já tiver experiência e quiser comentar algo, faça a gentileza!!!!

IPVA, IPTU, displicência com o blog...

Quanto tempo passou e não postei nada...

Não faltaram artigos interessantes que li, reportagens bacanas que vi, conselhos incentivadores que ouvi.... Faltou mesmo, além do tempo, a tradicional e batida vergonha na cara de não selecionar 5 minutos para colocar algo aqui.

A Sara vem me cobrando desde meados de Novembro, a Tetê me mandou um link interessante, que postarei em breve, e, hoje, meu irmão me mandou algo.  As pessoas próximas me mandam tudo pronto, basta eu blogar e.... nada!

Criei vergonha na cara...

Por isso, hoje simplesmente CRTL + V email do meu irmão, de artigo bastante interessante:

"Jose Roberto Costa para mim

mostrar detalhes 22:10

Essa época do ano é sempre interessante este tipo de reportagem:

http://dinheiro.br.msn.com/tributos/artigo.aspx?cp-documentid=27184116"

Em tempo, feliz 2011 a todos!!! Lembrem-se das finanças, mas não se esqueçam do lazer!!!